era um novembro chuvoso de 2009. fui passear no shopping com o marido depois de um longo e exaustivo dia de trabalho. entramos em uma loja que, dentre outras coisas, vendia roupas infantis e logo fiquei encantada com umas peças de menina. eu me encontrava na minha fase potencial gestante mais latente e disse ao marido que queria comprar algo para a nossa filha. ele torceu o nariz e achou a ideia meio absurda:
– e se não tivermos uma menina? – perguntou.
– tudo bem. se nosso primeiro filho for homem, damos a roupa a outra pessoa.
por fim comprei um short branco com detalhes em azul marinho. apesar de ter achado lindo, mais maravilhoso era o sentimento que eu carregava naquela sacola. fiquei tão empolgada que não parava de sorrir. fomos a um café e lá eu voltava a olhar para aquela aquisição, como quem via uma ultrassonografia, contemplando aquela foto em preto e branco, toda borrada e mostrando a todos: “olha aqui o meu neném”.
pra quem visse de fora, veria só um borrão mesmo e não entenderia a emoção que me acompanhava naquele momento.
eu olhava pro short e imaginava minha garota ali dentro, correndo para lá e para cá.
a roupa era tamanho 1 ano, mas na minha cabeça essa menina pulava corda, subia em árvores, andava de skate, resgatava animaizinhos feridos na rua e os levava para casa.
aquele short, na verdade, era do tamanho de um sonho.
alguns meses se passaram e, finalmente, eu estava grávida.
mas não era a nossa menina. aquela, que idealizamos quando ainda namorávamos, que já tinha nome e nos fazia suspirar toda vez que víamos na rua uma guria com jeito de moleca.
era nosso benjamin, o menino que viria a amar lixeiros dependurados em caminhões, que cantaria como os beatles e adoraria brincar de cozinhar.
fiquei super feliz com a notícia e, num ato de desapego, dei o short de presente para a filha de uma amiga, que tinha nascido há pouco tempo. assim, essa peça – que me marcou tanto – poderia fazer parte da história de outra família.
até que, semana passada, essa amiga (que hoje tem três filhas), chegou pra mim com um embrulho.
pensei: “um presente pra constança! que fofo!”. mas era mais que isso: era o tal short.
agradeci e no mesmo instante minha cabeça se pôs a funcionar a todo vapor, recolhendo um monte de memórias: a ida ao shopping, a alegria na sacola, uma das maiores emoções da minha vida que foi, somente após o parto, saber que
era uma menina e, de repente, perceber que essa descoberta maravilhosa mudaria minha vida para sempre.
rapidamente retornei ao momento presente, ainda com o short em minhas mãos e a voz da minha amiga me chamando de volta à realidade: “será que ainda cabe na constança?”.
se na minha cabeça todo esse pensamento aconteceu, literalmente, num piscar de olhos, parece que o tempo voou na velocidade da luz.
enquanto isso eu pirava ao me tocar que tudo aconteceu num intervalo de 4 anos e 4 meses. por mais que na época eu desejasse intensamente ter filhos, nem nos mais lindos sonhos eu teria a capacidade de imaginar quão incríveis e fantásticos seriam meu menino e minha menina, essas duas figurinhas carimbadas que serão para sempre o tesouro mais precioso que eu já recebi.
* * *
acredito que, assim como eu, toda mãe tem uma história pra contar relacionada a uma peça de roupa do seu filho: um vestidinho que pertenceu à mãe e passou para a filha, um macacão que foi guardado por anos esperando o momento certo de caber naquela criança, o primeiro body que o neném ganhou depois que descobriram se era menino ou menina.
em comemoração aos 50 anos da marca, a Brandili lançou uma campanha onde a sua história pode virar um filme e aparecer na TV.
há 50 anos a Brandili tem mostrado seu amor pela criança ao criar peças com conforto e qualidade, acompanhando desde então histórias emocionantes de mães e pais de todo o brasil.
por isso estão promovendo esse concurso cultural, onde você poderá compartilhar publicamente momentos marcantes que envolvam seu filho ou filha e uma peça de roupa.
acesse o site www.amorpelacrianca.com.br, cadastre-se e conte a sua história. o relato mais emocionante virará vídeo na internet e irá ao ar como comercial de televisão no dia das mães, em rede nacional.
clique para conhecer mais:
Me emocionei!!!
Parece eu que sonhava em ser mãe e comprava peças para esse meu tão sonhado bebê!!!
Luíza, leio seu blog desde o começo, todos os posts… Acredita que quando li o título do post de hoje sabia do que se tratava!?
Legal a oportunidade que a internet nos traz de nos tornarmos próximos de pessoas que nunca vimos, a ampliar a alegria das nossas vidas, com o que de bom acontece na vida do outro!!! 🙂
Engraçado (ou coincidência) isso ter acontecido agora. Acompanho seu site desde sempre, desde o começo em que os posts se tratavam sobre sua lavadora que lava e seca as roupas rs, já sorri, já chorei, vibrei e me senti envolvida com todas as situações descritas aqui. Essa semana me bateu uma vontade de ler tudo de novo e já tem dois dias que recomecei, estou em novembro de 2009 e estou re-curtindo toda a história de vocês. Me encontro nos meus preparativos do casamento e consequentemente no sonho da maternidade e vocês me inspiram muito! Obrigada por me deixar fazer parte desse momento tão de vocês!
Que lindo relato! Cherei e sorri sem parar!
Se pudesse votar no site da amorpelacriança esta seria minha história preferida.
A sua história já ganhou!!!!!!!!!!
Você se inscreveu né?
Luíza, vc sempre expressado o mais profundo sentimento em palavras… texto incrível!!
linda ,linda a sua história é a melhor com certeza …..já estou até vendo o comercial com vcs estrelando rssrss :3
vcs já são as ganhadoras !!! haaaa e parabéns pra Sansa hhj completando 9 meses ..
lindo demais ver os sonhos se tornando realidade!! voces sao uma familia linda lindaaaa! parabens.
É muito amor <3
Ahm q lindo!
Eu tive(tenho) algumas destas peças.
Eu perdi meu primeiro bebê e já havia comprado coisas pra ele, agora 2 anos depois, estou no 8° mês de gestação e aquelas roupinhas estão lá, passadinhas, lavadinhas, dobradinhas, esperando para serem usadas 🙂 *.*
bjs